Curiosidades

Rockstars que atacaram a igreja


Em 1998, os rockeiros do Cradle of Filth foram a Roma para uma apresentação e decidiram fazer uma visita ao Vaticano. Nem um pouco preocupados com a controvérsia, os integrantes usaram camisetas com os dizerem "Eu amo Satanás". Em alguns instantes, foram cercados por policiais armados que se sentiram insultados. O vocalista Dani Filth mostrou suas credenciais do show para provar sua identidade mas aparentemente colocou mais lenha na fogueira, já que as credenciais apresentavam a figura de uma mulher sangrando, pregada na cruz. Eles foram detidos por uma hora para serem interrogados, mas no final das contas, foram liberados para se apresentar.


Gary Numan já criticou e mostrou antipatia à religião em seus álbums "Sacrifice", "Exile", "Pure" e "Jagged". Falando sobre as gravações, em 1994, de "Sacrifice", ele disse: "A primeira música que escrevi foi sobre os perigos da fé cega. Quando refleti sobre minha própria falta de fé, me surgiu a idéia de que Deus e o Diabo podem ser a mesma coisa." Ele acrescenta: "Pessoalmente, eu não acredito nem um pouco em Deus, mas se eu estiver errado e existir mesmo um Deus, que tipo de deus seria esse, que nos dá esse mundo em que vivemos? Certamente não pode ser uma divindade boa. Na melhor das hipóteses, Deus deve ser cruel e egoísta."








Em uma entrevista para o The Observer, em 2006, Elton John mostrou-se a favor de que a religião fosse "banida". Junto às farpas sobre o tratamento dado pela igreja à homossexualidade desabafou: "Do meu ponto de vista, eu baniria a religião completamente. A religião organizada parece não funcionar. Transforma as pessoas em lemmings cheios de ódio e não é misericordiosa." Também disse que líderes religiosos não estão fazendo o suficiente para parar a guerra, ainda dizendo que: "O mundo está quase rumando para a terceira guerra mundial, e aonde estão os líderes de cada religião? Porque não estão em assembléia? Porque não estão se unindo?" Podemos deduzir que o crucifixo que ele está usando na foto é um mero enfeite!






Outro que não se preocupa muito com controvérsia, Marilyn Manson (Brian Warner), em seu segundo álbum, "Antichrist Superstar", de 1996, deixou alguns religiosos tão revoltados que foram organizadas marchas de protesto contra o disco. O álbum conceitual está cheio de conteúdo anti-cristão, em faixas como "The Reflecting God" ("o Deus que pondera") e em letras pesadas: "When you are suffering, know that I have betrayed you" ("Quando você está sofrendo, saiba que eu o traí"). Anti-religião em toda a sua carreira, Manson chocou mais com o álbum "Holy Wood (In The Shadow Of The Valley Of Death)" ("Madeira Santa (da Cruz) [À Sombra do Vale da Morte]") em que se via o rockeiro passando por Jesus na cruz.












"Imagine there's no countries / It isn't hard to do / Nothing to kill or die for / And no religion too / Imagine all the people / Living life in peace" ("Imagine não haver países / Não é difícil / Nada pelo qual matar ou morrer / E nenhuma religião / Imagine as pessoas / vivendo a vida em paz"). Letras pungentes de uma das mais pungentes canções. "Imagine", de John Lennon. Mas a parte "nenhuma religião" tem sido criticada por grupos religiosos com o passar dos anos. Algumas covers da música trocaram as letras para "e uma religião também" para manter os tementes felizes, mas desrespeitando e minando o sentimento de Lennon
no processo.


Partidários da repreensão à religião, o Slayer agravou o precedente, em 2001, com o lançamento do controverso "God Hates Us All" ("Deus nos odeia a todos"). Assustadoramente lançado em 11 de setembro, o título era uma alusão à permissividade de Deus com relação a assassinatos, terrorismos e coisas do gênero, fazendo nada para impedí-los. Além de músicas esculhambando a religião, a capa ainda mostrava pregos em uma bíblia (o guitarrista Kerry King queria os pregos em forma de um pentagrama, mas isso foi reprovado pela gravadora) e foi rapidamente banida por muitas lojas. Uma capa alternativa foi lançada em tempo.





A banda de death metal Deicide é assumidamente anti-cristã em suas letras e temas. O frontman Glen Benton tem uma cicatriz de cruz invertida, feita à fogo, em sua testa, e durante 1990, prometeu cometer suicído quando completasse 33 anos, a suposta idade em que Jesus morreu. Como era esperado, quando completou 33 anos em 2000, não se matou. Resumindo a posição da banda com respeito a religião, o baterista Steve Asheim disse: "A única razão da música satânica é blasfemar contra a igreja. Eu não acredito ou adoro um demônio. A vida já é curta o suficiente sem a perda tempo desse negócio de oração organizada, perseverança, esperança em algum ser superior".











Francis Rossi, semi-calvo guitarrista e vocalista do Status Quo, deu uma cutucada na religião, em 2003. Ele disse: "Eu não acredito mais em um Deus que arrebenta todo mundo, eu não acredito no diabo, eu não acredito em um ser supremo que tudo vê, tudo ama. É tudo besteira."











Um dos maiores hits do XTC, "Dear God", de 1986 foi boicotado por várias lojas que temiam uma revolta religiosa. De batida rápida (até o último verso), suas letras são provocativas, com cada verso dedicado a Deus e terminando com “Dear God, I Can't believe in you” ("Querido Deus, eu não posso acreditar em você"). Na levada final ouve-se o vocalista Andy Partridge declarar: “I wont believe in heaven and hell. No saints, no sinners, No devil as well. No pearly gates, no thorny crown. You're always letting us humans down. The wars you bring, the babes you drown” ("Eu não acreditarei em Paraíso ou Inferno. Nada de santos, pecadores ou diabo também. Nada de portões perolados ou coroa de espinhos. Você sempre desapontará a nós humanos. As guerras que traz, os bebês que afoga"). Sobre a bíblia, ele canta: "Us crazy humans wrote it... I know it ain't true and so do you" ("Nós humanos loucos que a escrevemos... Eu sei que não é verdade e você também sabe").


A lenda do Black Sabbath, Ronnie James Dio, causou um escândalo por conta da capa de seu álbum de estréia, "Holy Diver", em 1982, que mostrava um padre sendo chicoteado por um gárgula demoníaco. Pouco preocupado com a questão, Dio respondeu às críticas sugerindo que as aparências enganam, dizendo que poderia ser uma alegoria sobre um padre sendo corrompido pelo mal ou simplesmente o diabo torturando um clérigo azarado.










Apesar do nome, o Bad Religion afirma não ser totalmente ateísta. Na verdade, usam a religião como uma analogia a opressão. Greg Graffin comenta que: "Fé no seu parceiro, nos homens, em seus amigos, é muito importante... Mas fé em líderes religiosos ou políticos, ou mesmo em pessoas que sobem ao palco, pessoas famosas, você não deve ter fé nessa gente." Mesmo assim, a impactante letra “A bounty of suffering, It seems we all endure, And what I’m frightened of, Is that they call it 'God’s love'” ("Um prêmio de sofrimento, parece que todos carregamos, e o que me assusta, é que chamam isso de ‘amor divino’"), da música "God's Love", por exemplo, parece contradizer totalmente esse comentário.








O álbum clássico de metal "Arise", da banda Sepultura, lançado em 1991, alude à religião indiretamente: "Face the enemy, Manic thoughts, Religious intervention, Problems remain” ("Encare o inimigo, intervenção religiosa, os problemas persistem"). Mas foi o clipe que causou o maior estrago. Gravado no gelado Vale da Morte e estrelando personagens à semelhança de Cristo na cruz usando máscaras de gás, é um clipe icônico. Foi rapidamente (e supõe-se que previsivelmente) banido da MTV que parecia preocupada em irritar os cristães conservadores.











publicado em
14/07/09

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